A crescente instabilidade nas relações amorosas contemporâneas tem se tornado um tema recorrente nos consultórios. Você já se perguntou por que os relacionamentos parecem cada vez mais frágeis e de curta duração? A facilidade com que os relacionamentos são 'descartados' gera angústia.
Em vez de investir em mudanças que ajudem no relacionamento, pessoas preferem desistir da relação diante das dificuldades. A desconfiança no outro é uma queixa constante: "Como confiar em alguém que promete amor eterno se não tenho certeza de querer o mesmo?". Essa insegurança, afinal, está mais relacionada ao outro ou a si mesmo? A incerteza leva a ansiedade presente nas pessoas a criar cenários catastróficos, antecipando o abandono e sabotando as relações.
Bauman, em seu livro 'Tempos Líquidos', nos ajuda a entender como a cultura do consumo rápido e a influência das tecnologias digitais contribuem para essa fragilidade nos relacionamentos. O individualismo exacerbado isola as pessoas, dificultando a construção de conexões verdadeiras e duradouras
Freud (1914) já dizia que “em última análise, precisamos amar para não adoecer”. As relações interpessoais são fundamentais para nossa saúde mental e bem-estar, proporcionando um sentido de pertencimento e apoio emocional. No entanto, construir relacionamentos saudáveis exige esforço, comunicação aberta, empatia e disposição para mudar.
Em um mundo cada vez mais individualista e volátil, cultivar relacionamentos significativos se torna um desafio ainda maior. Ao refletir suas próprias experiências e buscando apoio profissional quando necessário, pode-se aprender a construir relações mais saudáveis e duradouras.
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